segunda-feira, 7 de junho de 2010
Guiseppe Verdi
Guiseppe Verdi
Ainda no âmbito da ópera vamos focar um outro compositor do mesmo período que consideramos ter dado um grande contributo para o desenvolvimentro deste género musical, GUISEPPE VERDI
Contexto Histórico
O nome utilizado para designar este período deriva do francês “romance”, poema, narrativa.
O Romantismo foi um movimento cultural, que surgiu na Europa e nos E.U.A. na segunda metade do séc. XVIII, vindo a desenvolver-se no seguinte. O Romantismo teve a sua aparição primeiramente em Inglaterra, e na Alemanha surgiu após a peça dramática Sturm und Drang, um grito de revolta contra o imperialismo napoleónico e uma afirmação de nacionalismo e, na sua sequência, o sentimentalismo e o antropocentrismo. Muito variada nas suas manifestações, esta corrente sustentava-se filosoficamente em três pilares: o individualismo, o subjectivismo e a intensidade.
O desenvolvimento das artes desta época, foi o reflexo das convulsões verificadas na política e no pensamento da Europa nesta que foi chamada a “Era das Revoluções”. O romantismo é marcado pelas lutas a favor da independência, contra a escravatura, em favor da liberdade (1888, fim da escravatura a nível mundial). Também o avanço tecnológico provocando pela revolução Industrial (1836), da massificação e do aumento da miséria, influenciou em muito o pensamento dos artistas românticos.
O sentimentalismo afirmava-se com o domínio do coração nos românticos, sobre o da razão dos clássicos. Na literatura descrevem-se naturezas saudosistas, solitárias, povoadas de ruínas e cemitérios. A ânsia de evasão e sentido de liberdade, originam a que o artista deixe de ser imitador para, através da sua imaginação, transmitir o seu sentir e pensar.
Contra a ordem e rigidez intelectual clássica, os artistas românticos deram maior importância a imaginação, à originalidade e à expressão individual, através das quais podiam alcançar o sublime e o genial. A ideia geral do romantismo, era que certas realidades só poderiam ser captadas através da emoção, do sentimento e da intuição. Por tal razão a música romântica é caracterizada pela maior flexibilidade das formas musicais, procurando focar mais o sentimento transmitido pela música do que propriamente a estética. Assim os compositores românticos tentaram exprimir emoções através da música, de uma forma mais directa do que seria permitido antes. As melodias eram líricas, com modulações mais rápidas e ousadas, com harmonizações mais ricas, cromáticas e dissonantes.
A ópera em Itália
A ópera italiana, com a sua refinada cultura do canto, perdeu nos finais do séc. XVIII o seu predomínio na Europa em favor da ´opéra comique e à grand opéra francesas, mas adquiriu por outro lado, no inicio do séc. XIX, devido a Rossini, um novo esplendor e sucesso, particularmente no que diz respeito à ópera buffa. Esta porém, desvanece-se definitivamente com Donizeti. Por sua vez, surge a grande ópera séria com temas dramáticos procedentes da literatura ( Shakespeare, Schiller) e da vida actual (verismo).
De acordo com isso, desenvolvem-se formas dramáticas na música, sobretudo a ária em duas partes, a caballetta com cantabile e final stretto, e também com conjuntos. A música conserva no entanto a sua autonomia em relação ao drama musical.
A ópera do séc. XIX em Itália descendia de uma tradição sólida, vigorosamente enraizada na vida da nação. Esta foi a forma musical mais relevante, se não a única, para a nação neste período, havendo uma grande concentração neste género, tal situação tendia a fomentar uma atitude conservadora.
A distinção entre ópera buffa e ópera séria manteve-se com toda a clareza no inicio do século, e foi na ópera séria que surgiram os primeiros sinais de mudança.
Em Itália tardiamente se sentiram as inovações do estilo romântico e, os compositores italianos sentiram-se menos tentados a fazer experiências novas e radicais. Só gradualmente se foram sentido os elementos românticos e, nunca elevados ao mesmo nível que em França ou Alemanha.
Guiseppe Verdi
Nasceu a 10 de Outubro de 1813 e morreu em Milão a 27 de Janeiro de 1901.
Nasceu numa pequena aldeia de nome Le Roncole, perto da localidade de Busseto (Parma), pertencente ao Ducado de Parma. Desde muito cedo, demonstrou interesse pela música e, aos doze anos, iniciou os seus primeiros estudos musicais em Busseto. Os seus pais, que eram taberneiros, reconheceram o seu talento e deram-lhe a pouca educação musical que estava ao seu alcance.
Em 1932 com 19 anos Verdi vai para Milão fazer estudos mais alargados, financiado pelo comerciante António Barezzi. Ai é recusado no conservatório nacional, (algumas fontes citam ter sido derivado à sua idade avançada, pois só permitiam a entrada até aos 14 anos), acabando por ter aulas particulares de composição com Vicenzo Lavigna, maestro da grande casa da ópera da La Scala de Milão. Com ele têm também muita experiencia prática (visitas à ópera estudos de partituras, cópias de partes vocais).
A sua obra pode ser dividida em três fases:
Primeira fase, os anos 40;
Em 1836, regressou a Busseto, para se tornar director de música da orquestra Societá Filarmónica local sendo também professor de música, ai permanece durante tês anos. Casa com Margherita Barezzi, a filha do seu protector. Durante este período compôs a sua primeira ópera, Rocester, sendo a primeira interpretação da sua versão revista, Oberto, apresentada no teatro La Scala em 1839, tendo obtido boa aceitação por parte do Publico. Por esta altura Verdi mudou-se definitivamente para Milão. O sucesso que alcançou com Oberto, levou a que, o director de companhia Bartolomeu Merelli lhe oferece-se um contrato para mais três óperas.
Mas quando compunha a sua segunda ópera, Un Giorno di Regno, morriam os seus dois filhos e sua esposa, de apenas 27 anos. Em Setembro de 1840, é a estreia dessa ópera, Un Giorno di Regno, uma ópera cómica, que fracassou. Verdi não se deu bem com o enredo e o estilo bufo (obra caracterizada com forte imitação de Rossini e falta de homogeneidade).
Com a sua terceira ópera Nabucco, em 1842, Verdi encontra o seu estilo pessoal, sério e dramático. A miséria e libertação dos judeus sob o reinado Nabucodonosor, transformaram-se num reflexo do movimento de libertação do povo italiano, sob a repressão dos austríacos e franceses. O famoso coro Va pensiero sull´ ali dorate (Vai, pensamento, em asas douradas), tornou-se mesmo numa espécie de Hino Nacional Italiano. Nestes coros o povo revia-se na sua luta. O nome Verdi converte-se num símbolo revolucionário patriótico, VERDI= Vittorio Emanuele Re D`Itália, Viva Verdi foi adoptado como um grito de revolta que significava para os italianos, Viva Vittorio Emanuele Re D`Itália. O compositor converte-se através da sua postura política activa e da sua obra, em maestro della revoluzione.
A aclamação com que foi recebida Nabucco , caracterizada por conter uma excelente escrita coral, assegura a Verdi mais encomendas e a década seguinte assistiu a um fluxo constante de trabalho, onde se incluíram muitas das suas composições mais populares da sua juventude; I Lobardi (1843), Giovanna dÁrco (1845), Macbeth (Florença, 1847), La battaglia di Legnano (1849), Luisa Miller (Napoles, 1849).
Na ópera Luisa Mille, começa a mudança no estilo de Verdi e cada vez mais daqui em diante, as personagens passam a ser caracterizadas com maior finura psicológica e, as emoções expressas na música tornam-se menos cruas do que nas suas obras anteriores.
Em Março de 1848, Verdi interrompe a sua estadia em Paris para estar presente na revolta de Milão. Neste mesmo ano compra a Herdade de Sant´Agata.
Em 1849 Roma e Itália festejam a revolução com a estreia de La battaglia di Legnano.
Segunda fase, os anos 50:
Do início da segunda fase surgem: Rigoleto (Veneza, 1851), Il trovantore(Roma, 1853), La Traviata ( Veneza, 1853) que formam um grupo: um drama psicológico, uma ópera de bel canto e depois ambos reunidos. La Traviata fracassou ao princípio e somente quando foi revista alcançou êxito.
O período que se seguiu à estreia da ópera La Traviata, altura em que Verdi já tinha alcançado uma fama considerável, assistiu a um abrandamento da sua produção. Em 1851 Verdi retira-se para Sant´Agata junto a Busseto, onde vive com a soprano Giuseppina Strepponi com a qual casa em 1859.
Em 1861 Verdi foi persuadido por Camillo Cavour, o primeiro ministro de Itália, a ser representado no parlamento. Acedeu e ocupou um lugar parlamentar até 1865.
Embora tenha composto poucas óperas neste período, duas delas correspondem às suas mais longas partituras, Les vêspes siciliennes(1855), Don Carlos (1867), e as outras, Simon Boccanegra (1857), Un ballo in maschera (1859), La forza del destino (1862), figuram entre as suas melhores obras. Nenhuma no entanto foi mais popular quanto Aida (1870), para a inauguração do canal de Suez. No entanto a sua estreia foi adiada por um ano, pois os cenários e o guarda-roupa, encomendados em Paris, não puderam ser entregues por causa do cerco alemão à cidade em 1870/1.
Terceiro período, obra tardia:
Os anos 70 proporcionaram-lhe tranquilidade em Sant´Agata e nas termas de Montecanti.
Em 1873 surge o seu único quarteto de cordas.
Em 1874 escreve o seu Requiem, que foi composto para celebrar a morte do escritor Alessandro Manzoni, com a estreia sob a sua direcção em São Marco de Milão.
O longo período de relativo silêncio de Verdi, poderá ser justificado pelo seu estatuto e estilo de vida confortáveis, mas também, por um descontentamento crescente com a direcção que a música estava a tomar em Itália, à medida que as obras francesas e alemãs, especialmente a de Wagner, crescia em popularidade. As suas ultimas óperas, Otello e Falstatt (1893), são frequentemente vistas como demonstradoras das tenções que existiam na música Italiana na altura, entre o lírico e o declamatório, e do posicionamento de Verdi entre os dois, mas também, especialmente em Falstaff, da ressonância do bel canto e de um maior uso de contraponto. Esta última em estilo bufo.
A sua última obra são as Quattro pezzi sacri (estreia 1898). Em 1897 morre Giuseppina. Verdi, funda entre outros um lar para músicos idosos em Milão e, destina todos os dividendos obtidos com as obras do lar e com a sua manutenção.
Verdi faleceu em Milão, a 27 de Janeiro de 1901. Segundo o seu desejo expresso, o funeral foi modesto e privado. Mas esta morte foi muito sentida e lamentada por toda a nação, manifestação apropriada para um compositor que havia representado tão bem a tradição musical italiana.
Um mês depois da sua morte, o seu corpo e o de Giuseppina foram enterrados no lar que ele tinha fundado para os músicos idosos. A solene cerimonia foi impressionante, com a assistência a encher todas as ruas de Milão e a Orquestra e o Coro do La Scala interpretando o famoso coro de Nabucco.
Generalidades
Verdi compôs cerca de 26 óperas, a primeira em 1839 e a última em 1893.
A maioria das obras publicadas de Verdi foi escrita para o palco, à excepção do Requiem e algumas outras composições sobre textos sagrados, um pequeno número de canções e um quarteto de cordas. Todas as óperas de Verdi são sérias, à excepção de Un Giorno di Regno, composta na sua juventude e de Falstaff.
Musicalmente, Verdi segue a tradição da ópera do bel canto italiano dos seus antecessores Donizetti, Rossini e Belini, é influenciado também por Beethoven, a quem venerava mais do qualquer outro compositor. Mas nunca aceitou o que quer que fosse sem o ter primeiro assimilado plenamente, integrando-o na sua linguagem pessoal. As características mais marcantes:
-as suas obras, apontam mais para a representação de caracteres humanas do que para a mera beleza do canto;
-as antigas formas (recitativo, ária, conjunto e coros) convertem-se, para alem dos grandes finais progressivamente maiores, em cenas musicais com formas puramente musicais, como cantabiles ,cabalettas, romanzas;
- o acompanhamento orquestral é de grande colorido tímbrico, mas não só sinfónico.
Verdi tem grande interesse pelos argumentos e orienta-se para os grandes clássicos (ópera literária). Os seus libertistas são entre outros T. Solera, S. Cammarano, A. Boito. Ele colaborou nos libretos, inclusive na indicação da melodia do verso, tomando como ponto de partida e fonte inspiração para a sua música, o traço psicológico e a caracterização dada às personagens. As suas principais exigências em matéria de libretos, eram a presença de emoções fortes e de contrastes acentuados, bem como a rapidez da acção; a plausibilidade da intriga não era fundamental. Por conseguinte, a maior parte dos enredos eram melodramas tempestuosos e sangrentos, mas com inúmeras oportunidades para as melodias animadas, vigorosas e violentas que são as principais características do primeiro estilo de Verdi.
Estrutura - Na sua forma mais típica, a ópera de Verdi é em quatro grandes partes, quatro actos, ou três actos com um prólogo, ou três actos subdivididos em cenas, por forma a aproximar-se da divisão quadripartida; a segunda e terceira partes têm importantes finales de conjunto; na terceira há geralmente um grande dueto, e a quarta começa muitas vezes com uma preghiera (cena de oração) ou outra forma de meditação para um solista (de preferência a heroína), muitas vezes acompanhado pelo coro. Este esquema demonstrou muita eficácia em termos teatrais, como o atesta o facto de Verdi, depois de o adoptar nas primeiras obras, o ter mantido sempre sem grandes alterações.
A evolução de Verdi foi no sentido de um refinamento progressivo da concepção e das técnicas, levando a ópera italiana a um grau de perfeição nunca ultrapassado depois dele.
Verdi tinha um espírito muito nacionalista e acreditava convictamente que cada nação devia cultivar o estilo de música que lhe era próprio. Ele manteve sempre o seu estilo musical, a mais resoluta independência e rejeitou sempre a influência das ideias estrangeiras sobre as obras dos seus compatriotas mais jovens.
Paula Pereira e Margarida Gravito
segunda-feira, 17 de maio de 2010
O método Kodály
O método Kodály
Pedagogia
Segundo a pesquisa efectuada é possível chegar-se á conclusão que o conceito e a filosofia de Kodály seguem alguns princípios, tal como descreve Gillian Earl ( 2004 ), que se passam a descrever a seguir:
Começar com a música – a alegria da experiência. A música deve ser ensinada de modo natural, acompanhando o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças, tendo sempre em consideração que as crianças não aprendem através de abstracções intelectuais. Os elementos musicais são absorvidos inconscientemente, e somente com a prática através do canto lido ou escrito serão tornados conscientes.
O solfejo é sempre relativo: Kodály utiliza o Dó móvel, com as mesmas sílabas do monge Guido d'Arezzo (séc. XI). Cada nota, em relação à melodia como um todo, tem um papel (função) diferente do que se fosse uma nota sozinha, separada do contexto. Assim, o solfejo baseado na tónica já introduz, desde cedo, o conceito de função harmónica - ainda que isto não seja necessariamente explicitado numa primeira fase. A associação de gestos manuais com a altura das notas (manusolfa), ligando um som a um movimento corporal, é um possível sinal da influência de Dalcroze.
Para a aplicação prática são usadas as seguintes técnicas:
— leitura por relatividade (do sistema Tonic Sol-Fa de John Curwen, com «dó móvel» inspirado nos hexacordes de Guido d’Arezzo) e leitura por absoluto com as letras;
— fonomímica inspirada em Inglaterra e enriquecida por gestos correspondentes às notas estranhas da tonalidade: fa-fi; ti-la;
— numeração romana para indicar os graus da escala, adaptação do método Galin-Chevé-Paris, adoptado na época destes em Paris;
— fonemas ti-ti-ta (de J. Curwen) para introdução ao ritmo, mas, imediatamente aplicado às notas, iniciando desde logo a leitura global;
— voz, desde o princípio e a anteceder qualquer leitura ou conceito musical;
— interpretação instrumental, sempre que possível, individualmente ou em grupo.
Gestos manuais do sistema Kódaly
Margarida Gravito e Paula Pereira
Pedagogia
Segundo a pesquisa efectuada é possível chegar-se á conclusão que o conceito e a filosofia de Kodály seguem alguns princípios, tal como descreve Gillian Earl ( 2004 ), que se passam a descrever a seguir:
Começar com a música – a alegria da experiência. A música deve ser ensinada de modo natural, acompanhando o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças, tendo sempre em consideração que as crianças não aprendem através de abstracções intelectuais. Os elementos musicais são absorvidos inconscientemente, e somente com a prática através do canto lido ou escrito serão tornados conscientes.
O solfejo é sempre relativo: Kodály utiliza o Dó móvel, com as mesmas sílabas do monge Guido d'Arezzo (séc. XI). Cada nota, em relação à melodia como um todo, tem um papel (função) diferente do que se fosse uma nota sozinha, separada do contexto. Assim, o solfejo baseado na tónica já introduz, desde cedo, o conceito de função harmónica - ainda que isto não seja necessariamente explicitado numa primeira fase. A associação de gestos manuais com a altura das notas (manusolfa), ligando um som a um movimento corporal, é um possível sinal da influência de Dalcroze.
Para a aplicação prática são usadas as seguintes técnicas:
— leitura por relatividade (do sistema Tonic Sol-Fa de John Curwen, com «dó móvel» inspirado nos hexacordes de Guido d’Arezzo) e leitura por absoluto com as letras;
— fonomímica inspirada em Inglaterra e enriquecida por gestos correspondentes às notas estranhas da tonalidade: fa-fi; ti-la;
— numeração romana para indicar os graus da escala, adaptação do método Galin-Chevé-Paris, adoptado na época destes em Paris;
— fonemas ti-ti-ta (de J. Curwen) para introdução ao ritmo, mas, imediatamente aplicado às notas, iniciando desde logo a leitura global;
— voz, desde o princípio e a anteceder qualquer leitura ou conceito musical;
— interpretação instrumental, sempre que possível, individualmente ou em grupo.
Gestos manuais do sistema Kódaly
Margarida Gravito e Paula Pereira
segunda-feira, 10 de maio de 2010
ensaios da opera
No âmbito da actividade realizada na Esart, mais concretamente a elaburação da ópera em curso pelos alunos e professores desta escola, venho por este meio informar os interecados deste invento que os ensaios iram ser realizados nos dias 17, 22 e 23 do mes de Mio.
ira tambem ser realizado um estagio nos dias 25 a 28 desse mesmo mes no auditorio de Castelo Branco.
Por fim havera um concerto para encerrar esta actividade no dia 28 de Maio em Castelo Branco e dia 30 em Santarem.
Alexandre Pontes
ira tambem ser realizado um estagio nos dias 25 a 28 desse mesmo mes no auditorio de Castelo Branco.
Por fim havera um concerto para encerrar esta actividade no dia 28 de Maio em Castelo Branco e dia 30 em Santarem.
Alexandre Pontes
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Orquestra Barroca
Este fim de semana não tem nada de interessante para fazer????
Então aqui vai uma excelente sugestão para este domingo dia 9 de Maio... na casa da música do Porto irá ser apresentada uma orquestra barroca!!!!
Qual a diferença entre uma orquestra barroca e uma orquestra dos nossos dias??
Se não sabe então sugiro ir a descoberta na praça Mouzinho de Albuquerque no Porto as 18h, verá que irá gostar!!!
Bom fim de semana e boa música!!!!
Sara Lopes Antunes
http://lazer.publico.clix.pt/artigo.asp?id=255338
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Teoria de Edwuin E. Gordon -
A Teoria de aprendizagem musical de Edwin E. Gordon ...
É um contributo essencial que pode mudar muitas coisas no campo da educação musical.
Resultado de mais de quarenta anos de pesquisas realizadas em várias universidades americanas, a Teoria de aprendizagem musical faz parte das teorias mais modernas de aprendizagem.
O pressuposto básico dessa teoria é a suposição de que a música pode ser aprendida pelos mesmos mecanismos de aprendizagem da língua materna.
A criança, portanto, deve ser apresentado à música desde os primeiros dias de vida para desenvolver um sentido musical, indispensável para obter o máximo de benefícios da educação formal posterior Todos nós já passou cinco anos completos de aprendizagem formal da língua e por absorção através da emissão dos fonemas primeiro, até chegar às palavras de todo o primeiro ano de vida.
Ninguém dá aulas de línguas para crianças, ninguém espera resultados imediatos. Somente quando a criança está expressa na sua linguagem clara e com uma abundância de palavras (6 anos, na verdade, já tem um vocabulário activo de 13.000 palavras e uma pessoa adulta muito maior) começará a escolarização formal: a leitura e escrita. Quantos filhos, no entanto, estão mais próximos de música num caminho completamente oposto, a partir do pessoal, a classificação das alturas e durações, sem um período anterior de aprendizagem informal? Não admira que, mesmo depois de anos de estudo, poucos são capazes de comunicar musicalmente e espontaneamente através da improvisação, é que isso não depende inteiramente da música escrita.
Gordon na sua pesquisa mostra que há aptidão musical, inatas em cada indivíduo, que desenvolve-se no início da vida em contato com o ambiente musical em que vivemos. É a qualidade deste meio que vai influênciar a criança a aprender música, claramente nos três primeiros anos de vida e, gradualmente, para crianças menores de nove anos de idade ou mais, quando o potencial estabiliza. Por tal facto a importancia de iniciar o caminho da educação musical no recém-nascido.
O material didático proposto, primeiro, é composto de canções e cantos rítmicos, sem letras que atender a três critérios fundamentais: variedade, complexidade e repetição.
Não apenas músicas, mas as músicas e cantos rítmicos em todas as formas possíveis e variados géneros, desde o início deve ser apresentado um reportório vasto e de muito boa qualidade. O uso da voz associado ao movimento do corpo, a utilização de pequenos instrumentos e outros materiais que nada tem a ver com o panorama musical, mas que podem ser utilizados como fios condutores para atinguir a musicalidade dos alunos pequenos, enriquece o quadro de uma metodologia que focaliza os conceitos de liderança e de educação informal e não docente. Criar um espaço onde impera só a música cantada com a livre circulação de fluir espontâneamente, inspirada pela música. Este espaço cria um ambiente repleto de estímulos musicais e promove o desenvolvimento musical das crianças, respeitando o seu processo natural de aprendizagem, certamente representa um passo importante em frente.
O trabalho de Gordon vai preencher uma lacuna no domínio da música, de acordo com os estudos realizados em várias outras áreas do desenvolvimento infantil, em que pensadores como Montessori, Pikler, Goldschmied, Stern e outros defendem uma visão da criança capaz de aprender por si a realidade, num contexto livre e respeitando o seu tempo de assimilação.
Paula Pereira
26/04/2010
É um contributo essencial que pode mudar muitas coisas no campo da educação musical.
Resultado de mais de quarenta anos de pesquisas realizadas em várias universidades americanas, a Teoria de aprendizagem musical faz parte das teorias mais modernas de aprendizagem.
O pressuposto básico dessa teoria é a suposição de que a música pode ser aprendida pelos mesmos mecanismos de aprendizagem da língua materna.
A criança, portanto, deve ser apresentado à música desde os primeiros dias de vida para desenvolver um sentido musical, indispensável para obter o máximo de benefícios da educação formal posterior Todos nós já passou cinco anos completos de aprendizagem formal da língua e por absorção através da emissão dos fonemas primeiro, até chegar às palavras de todo o primeiro ano de vida.
Ninguém dá aulas de línguas para crianças, ninguém espera resultados imediatos. Somente quando a criança está expressa na sua linguagem clara e com uma abundância de palavras (6 anos, na verdade, já tem um vocabulário activo de 13.000 palavras e uma pessoa adulta muito maior) começará a escolarização formal: a leitura e escrita. Quantos filhos, no entanto, estão mais próximos de música num caminho completamente oposto, a partir do pessoal, a classificação das alturas e durações, sem um período anterior de aprendizagem informal? Não admira que, mesmo depois de anos de estudo, poucos são capazes de comunicar musicalmente e espontaneamente através da improvisação, é que isso não depende inteiramente da música escrita.
Gordon na sua pesquisa mostra que há aptidão musical, inatas em cada indivíduo, que desenvolve-se no início da vida em contato com o ambiente musical em que vivemos. É a qualidade deste meio que vai influênciar a criança a aprender música, claramente nos três primeiros anos de vida e, gradualmente, para crianças menores de nove anos de idade ou mais, quando o potencial estabiliza. Por tal facto a importancia de iniciar o caminho da educação musical no recém-nascido.
O material didático proposto, primeiro, é composto de canções e cantos rítmicos, sem letras que atender a três critérios fundamentais: variedade, complexidade e repetição.
Não apenas músicas, mas as músicas e cantos rítmicos em todas as formas possíveis e variados géneros, desde o início deve ser apresentado um reportório vasto e de muito boa qualidade. O uso da voz associado ao movimento do corpo, a utilização de pequenos instrumentos e outros materiais que nada tem a ver com o panorama musical, mas que podem ser utilizados como fios condutores para atinguir a musicalidade dos alunos pequenos, enriquece o quadro de uma metodologia que focaliza os conceitos de liderança e de educação informal e não docente. Criar um espaço onde impera só a música cantada com a livre circulação de fluir espontâneamente, inspirada pela música. Este espaço cria um ambiente repleto de estímulos musicais e promove o desenvolvimento musical das crianças, respeitando o seu processo natural de aprendizagem, certamente representa um passo importante em frente.
O trabalho de Gordon vai preencher uma lacuna no domínio da música, de acordo com os estudos realizados em várias outras áreas do desenvolvimento infantil, em que pensadores como Montessori, Pikler, Goldschmied, Stern e outros defendem uma visão da criança capaz de aprender por si a realidade, num contexto livre e respeitando o seu tempo de assimilação.
Paula Pereira
26/04/2010
Teorias da aprendizagem
Teorias de aprendizagem
Muito se discute sobre as teorias existentes para o ensino músical, e, cada vez mais se procuram novas abordagens de forma a obter melhores e mais rápidos resultados neste campo. Tendo eu estudado um pouco de cada uma delas, gostaria de abordar algumas, especialmente as que me são mais familiares uma vez que as emprego no meu dia a dia e considero serem fundamentais.
A criança, passa por vários estágios de crescimento em que reague mais possitivamente a diferentes estimulos, existindo pedagogias mais adequadas a cada estágio por que passam. Como ser individual que cada um é e existindo várias crianças em cada turma, nem todos absorvem da mesma forma o que lhe é apresentado, por tal facto a necessidade de adequar e variar as estractégeas com o fim de chegar a um maior numero.
Considero que todas as pedagogias existentes tem aspectos positivos podendo complementar-se entre si. Aplicadas de uma forma ludica, consientes do seu poder e acreditando no que apresentamos teremos mais sucesso na transmissão dos conhecimentos.
Paula Pereira
26/04/2010
Muito se discute sobre as teorias existentes para o ensino músical, e, cada vez mais se procuram novas abordagens de forma a obter melhores e mais rápidos resultados neste campo. Tendo eu estudado um pouco de cada uma delas, gostaria de abordar algumas, especialmente as que me são mais familiares uma vez que as emprego no meu dia a dia e considero serem fundamentais.
A criança, passa por vários estágios de crescimento em que reague mais possitivamente a diferentes estimulos, existindo pedagogias mais adequadas a cada estágio por que passam. Como ser individual que cada um é e existindo várias crianças em cada turma, nem todos absorvem da mesma forma o que lhe é apresentado, por tal facto a necessidade de adequar e variar as estractégeas com o fim de chegar a um maior numero.
Considero que todas as pedagogias existentes tem aspectos positivos podendo complementar-se entre si. Aplicadas de uma forma ludica, consientes do seu poder e acreditando no que apresentamos teremos mais sucesso na transmissão dos conhecimentos.
Paula Pereira
26/04/2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
O ensino da bateria
Como professor de bateria vou explicar um pouco o que é este instrumento. A bateria é um instrumento, que nos dias de hoje pertence á família da percussão, esta engloba tudo o que seja ritmo e melodia no caso dos tímpanos, xilofone, vibrafone etc... No entanto a bateria propriamente dita surgiu no príncipio dos anos 30, com a necessidade de juntar três peças essenciais da secção rítmica: o bombo, a caixa e os pratos. Antes desta ideia ter surgido era necessário três músicos para completar a secção rítmica. Com o surgimento das jazz band´s houve então a necessidade de formar uma base rítmica coesa e assim se fez este conjunto ao qual se passou a chamar bateria. A formação de bateristas é tão importante como qualquer outro instrumento, é necessário gosto, dedicação, criatividade e claro muito estudo. Existem vários métodos de ensinar este instrumento, eu uso alguma teórica e muita prática. Na teórica dou formação musical, principalmente estudos rítmicos, solfejar muitos rítmos é muito importante. Na prática um dos estudos principais são os rudimentos e ouvir bastante música.A evolução do aluno depende da dedicação e empenho.
Joel Ferreira 26/04/2010
Joel Ferreira 26/04/2010
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Pipe Dream 2
A nova era das técnologias oferece-nos inúmeras possibilidades no mundo da produção musical. Exemplo disso é o video que temos para vos mostrar. Sem necessidade de recorrer a vários instrumentistas consegue-se um trabalho surpreendente!
Apenas com o uso de umas bolinhas...ilusão...ou talvez não!
Paula Pereira, Margarida Gravito, Sara Antunes; Joel Ferreira
Apenas com o uso de umas bolinhas...ilusão...ou talvez não!
Paula Pereira, Margarida Gravito, Sara Antunes; Joel Ferreira
segunda-feira, 22 de março de 2010
A Importância da Música nas AECS
A Importância da música nas AECS
Sou professora de expressão musical no âmbito das AEC’S (Aulas extra-curriculares) e gostaria de partilhar a minha opinião e experiência neste sentido. No que toca à disciplina de música considero que a linguagem musical é uma das áreas do conhecimento que deve ser trabalhada na educação infantil. Verifiquei que esta constitui um verdadeiro poder educativo, sendo prova disso a enorme disponibilidade e satisfação aquando da realização das actividades por parte dos alunos.
Como dizia Platão, «…a música é a ginástica da alma…». A sua prática potencializa a aprendizagem cognitiva, particularmente no campo do raciocínio lógico e abstracto, estimulando a criatividade e facilitando a concentração e a aprendizagem. Ela gera resultados muito significativos ao nível da maturação social da criança, sendo uma porta para a construção da consciência cívica, pois, ela é uma das formas naturais de comunicação e de expressão com mais impacto na actualidade quotidiana das pessoas.
A música deve continuar a ser dada nas escolas e desde a mais tenra idade, pois o seu ensino/aprendizagem facilita e potencializa uma melhor interação, compreenção e expressão de cada um com o que o rodeia.
Catia Saraiva Pais
22 de Março de 2010
Sou professora de expressão musical no âmbito das AEC’S (Aulas extra-curriculares) e gostaria de partilhar a minha opinião e experiência neste sentido. No que toca à disciplina de música considero que a linguagem musical é uma das áreas do conhecimento que deve ser trabalhada na educação infantil. Verifiquei que esta constitui um verdadeiro poder educativo, sendo prova disso a enorme disponibilidade e satisfação aquando da realização das actividades por parte dos alunos.
Como dizia Platão, «…a música é a ginástica da alma…». A sua prática potencializa a aprendizagem cognitiva, particularmente no campo do raciocínio lógico e abstracto, estimulando a criatividade e facilitando a concentração e a aprendizagem. Ela gera resultados muito significativos ao nível da maturação social da criança, sendo uma porta para a construção da consciência cívica, pois, ela é uma das formas naturais de comunicação e de expressão com mais impacto na actualidade quotidiana das pessoas.
A música deve continuar a ser dada nas escolas e desde a mais tenra idade, pois o seu ensino/aprendizagem facilita e potencializa uma melhor interação, compreenção e expressão de cada um com o que o rodeia.
Catia Saraiva Pais
22 de Março de 2010
Gioachino Rossini o compositor
Gioacchino Antonio Rossini
O compositor da nossa ópera
Notas sobre a sua vida e obra
29 De Fevereiro de 1792 - 13 de Novembro de 1868.
Rossini nasce a 29 de Fevereiro de 1792, na cidade de Pesaro situada na costa Italiana do Adriático. Descende de uma família de músicos, o pai, Giuseppe, era trompista e a mãe, Anna Guidarini, era cantora. Os pais de Rossini desde cedo investiram na sua educação musical. Rossini possuía um talento tal que aos 14 anos foi admitido na prestigiada Academia Filarmónica de Bolonha.
Ainda adolescente, já trabalhava no frenético mundo da ópera, aos dezoito anos, escreveu uma comédia apenas em um acto. Depois de ter estreado a sua primeira obra, ‘La Cambiale di Matrimonio’, começou a ter encomendas de vários teatros, nomeadamente de Ferrara, Veneza e Milão compondo rapidamente várias obras, e adaptando-se as exigências vocais de certos cantores. Alcançou o seu primeiro grande êxito com La Pietra del Paragone, estreada no La Scala em 1812, obra que compôs com apenas 20 anos.
Rossini, embora jovem, passou a ser respeitado como um grande compositor. Não poderia ser diferente: em apenas dezasseis meses escreveu sete óperas, seis delas cómicas. Rapidamente o seu trabalho foi reconhecido internacionalmente. A principal peça deste período é a dramática Tancredo (1813). Foi com a farsa cómica A italiana em Argel, também composta nessa fase, que Rossini se tornou conhecido como um compositor ousado, fundindo expressão lírica e recursos dramáticos com a melodia límpida e harmonia rica.
Mas a carreira de Rossini também experimentou algumas ondulações. Depois da brilhante etapa de estreias, produziu composições para Milão que desagradaram os críticos. Transferiu-se para Nápoles - onde escreveu Otello - para dirigir o teatro São Carlos, onde, sob contrato, tinha que compor dramas, mas conseguiu permissão para continuar escrever sob encomenda. A partir de 1815, sob contrato com Barbaja, empresário do teatro La Scala de Milão, da Ópera Italiana, de Viena e Nápoles, compôs durante oito anos nada menos que vinte óperas.
Os italianos queriam uma comédia diferente, e Rossini fez, em treze dias, O barbeiro de Sevilha, cuja estreia, em Roma, a 26 de Dezembro de 1816, foi vaiada; mas a partir da segunda apresentação, no dia seguinte, tornou-se o maior sucesso de toda a história do teatro musical, na Itália e no estrangeiro. Rossini tornou-se o autor de óperas mais representadas na Europa e o compositor mais célebre de sua época, preferido pelo grande público, chegando a denominar-se de ‘febre rossinesca’.
Em 1822, Rossini casou-se com a famosa soprano espanhola Isabella Colbran, e voltou com ela para Bolonha. Antes disso, conseguiu uma façanha: acabou com as aberturas tradicionais dos espectáculos de ópera, muito longas e distantes da trama. Devido o enorme sucesso de Semiramis, foi convidado para se deslocar a Londres.
Em 1823, aceitou um vantajoso contrato permanente com a Ópera de Paris, onde passou a residir e chegou a exercer altas funções honoríficas, sendo entusiasticamente festejado. Compôs Guilherme Tell, a mais bela e mais completa manifestação do génio de Rossini. Recebeu do rei da França os cargos de primeiro compositor do rei, e inspector-geral de canto.
Mas depois da revolução de Julho de 1830 e dos primeiros sucessos de Meyerbeer, Rossini abandonou a capital francesa e a composição de óperas. Estava muito doente. A beira de um colapso nervoso, voltou para Bolonha. Só escreveu em 1832, um Stabat Mater, música sem muita importância, que no entanto encontra até hoje admiradores, e uma missa que é bastante melhor.
Perdeu a esposa em 1845, depois em 1846 casou com Olympe Pélissier. Distúrbios políticos levaram Rossini a abandonar Bolonha, em 1848. Depois de viver durante um tempo em Florença, instalou-se em 1855 em Paris, curado e ansioso para voltar a produzir. Compôs várias peças para piano e vozes, sempre com requinte.
Durante as suas últimas quatro décadas formam fustigadas com falta de saúde e depressões, passou o resto da vida dedicado aos prazeres da mesa, foi famoso pelas suas frases espirituosas e maliciosas. Morreu na sua casa de campo em Passy numa sexta-feira, dia 13 de Novembro, de 1868 e foi sepultado no cemitério Pére Lachaise, em Paris, França. Em 1887, os seus restos mortais foram transferidos para a Basílica de Santa Cruz em Florença, onde agora repousam.
Principais obras
Óperas cómicas – A ópera cómica era um campo onde Rossini mais se destacou com o seu talento. A alegre ópera A italiana em Argel (1813) foi eclipsada pelo sucesso enorme de O barbeiro de Sevilha (1816), que é até hoje a ópera mais representada na Itália e muito exibida no estrangeiro: merece isso pela verve da abertura e das árias, e pelo efeito irresistível das cenas cómicas. De Cinderela (1817), que é musicalmente mais séria, só sobrevivem algumas árias, modelos de bel canto, e de A pega ladra (1817) só a abertura.
A música dessas obras é muito divertida, sem seriedade nenhuma, mas excelentemente adaptadas ao texto e, sobretudo, à ação dos cantores no palco. A contribuição principal de Rossini para a música de ópera é a exploração do elemento histriónico.
não tinha o mesmo talento. É digno de nota o fato de que as aberturas de suas óperas sérias poderiam muito bem figurar como introduções a óperas cómicas. Mas na época, Tancredo (1813) foi muito admirada, mais ainda Moisés no Egito (1818), que se afigurava aos contemporâneos espécie de oratório no palco. Mas também não se cansaram de ouvir Otello (1816) e Semiramis (1823), hoje totalmente esquecidos. Só A dona do lago (1824) teve, imerecidamente, menos sucesso.
A grande obra séria de Rossini é a sua última ópera: Guilherme Tell (1829). A abertura é realmente um bom trecho de música. Mas na própria ópera, a "luta pela liberdade" parece-nos hoje travada como por soldados de chumbo. Os italianos, porém, descobriram e descobrem nessa obra os primeiros sinais do Risorgimento.
O estilo de Rossini
É o principal compositor Italiano do inicio do século XIX, do inicio do período Romântico, possuía um dom invulgar para a melodia e muita imaginação para os efeitos cénicos o que levava a um grande sucesso das suas obras.
O estilo de Rossini combina um fluxo melódico inesgotável com a vivacidade dos rítmos, a clareza do fraseado, a estrutura equilibrada e por vezes muito pouco convencional do período musical, uma textura leve, uma orquestração escorrida que respeita a individualidade de cada instrumento e uma estrutura harmónica, que embora não sendo complexa, é muitas vezes original.
A ópera cómica era um campo onde Rossini dominava na sua totalidade, as suas obras são ainda hoje bem consideradas e actuais.
Paula Pereira
22 De Março de 2010
O compositor da nossa ópera
Notas sobre a sua vida e obra
29 De Fevereiro de 1792 - 13 de Novembro de 1868.
Rossini nasce a 29 de Fevereiro de 1792, na cidade de Pesaro situada na costa Italiana do Adriático. Descende de uma família de músicos, o pai, Giuseppe, era trompista e a mãe, Anna Guidarini, era cantora. Os pais de Rossini desde cedo investiram na sua educação musical. Rossini possuía um talento tal que aos 14 anos foi admitido na prestigiada Academia Filarmónica de Bolonha.
Ainda adolescente, já trabalhava no frenético mundo da ópera, aos dezoito anos, escreveu uma comédia apenas em um acto. Depois de ter estreado a sua primeira obra, ‘La Cambiale di Matrimonio’, começou a ter encomendas de vários teatros, nomeadamente de Ferrara, Veneza e Milão compondo rapidamente várias obras, e adaptando-se as exigências vocais de certos cantores. Alcançou o seu primeiro grande êxito com La Pietra del Paragone, estreada no La Scala em 1812, obra que compôs com apenas 20 anos.
Rossini, embora jovem, passou a ser respeitado como um grande compositor. Não poderia ser diferente: em apenas dezasseis meses escreveu sete óperas, seis delas cómicas. Rapidamente o seu trabalho foi reconhecido internacionalmente. A principal peça deste período é a dramática Tancredo (1813). Foi com a farsa cómica A italiana em Argel, também composta nessa fase, que Rossini se tornou conhecido como um compositor ousado, fundindo expressão lírica e recursos dramáticos com a melodia límpida e harmonia rica.
Mas a carreira de Rossini também experimentou algumas ondulações. Depois da brilhante etapa de estreias, produziu composições para Milão que desagradaram os críticos. Transferiu-se para Nápoles - onde escreveu Otello - para dirigir o teatro São Carlos, onde, sob contrato, tinha que compor dramas, mas conseguiu permissão para continuar escrever sob encomenda. A partir de 1815, sob contrato com Barbaja, empresário do teatro La Scala de Milão, da Ópera Italiana, de Viena e Nápoles, compôs durante oito anos nada menos que vinte óperas.
Os italianos queriam uma comédia diferente, e Rossini fez, em treze dias, O barbeiro de Sevilha, cuja estreia, em Roma, a 26 de Dezembro de 1816, foi vaiada; mas a partir da segunda apresentação, no dia seguinte, tornou-se o maior sucesso de toda a história do teatro musical, na Itália e no estrangeiro. Rossini tornou-se o autor de óperas mais representadas na Europa e o compositor mais célebre de sua época, preferido pelo grande público, chegando a denominar-se de ‘febre rossinesca’.
Em 1822, Rossini casou-se com a famosa soprano espanhola Isabella Colbran, e voltou com ela para Bolonha. Antes disso, conseguiu uma façanha: acabou com as aberturas tradicionais dos espectáculos de ópera, muito longas e distantes da trama. Devido o enorme sucesso de Semiramis, foi convidado para se deslocar a Londres.
Em 1823, aceitou um vantajoso contrato permanente com a Ópera de Paris, onde passou a residir e chegou a exercer altas funções honoríficas, sendo entusiasticamente festejado. Compôs Guilherme Tell, a mais bela e mais completa manifestação do génio de Rossini. Recebeu do rei da França os cargos de primeiro compositor do rei, e inspector-geral de canto.
Mas depois da revolução de Julho de 1830 e dos primeiros sucessos de Meyerbeer, Rossini abandonou a capital francesa e a composição de óperas. Estava muito doente. A beira de um colapso nervoso, voltou para Bolonha. Só escreveu em 1832, um Stabat Mater, música sem muita importância, que no entanto encontra até hoje admiradores, e uma missa que é bastante melhor.
Perdeu a esposa em 1845, depois em 1846 casou com Olympe Pélissier. Distúrbios políticos levaram Rossini a abandonar Bolonha, em 1848. Depois de viver durante um tempo em Florença, instalou-se em 1855 em Paris, curado e ansioso para voltar a produzir. Compôs várias peças para piano e vozes, sempre com requinte.
Durante as suas últimas quatro décadas formam fustigadas com falta de saúde e depressões, passou o resto da vida dedicado aos prazeres da mesa, foi famoso pelas suas frases espirituosas e maliciosas. Morreu na sua casa de campo em Passy numa sexta-feira, dia 13 de Novembro, de 1868 e foi sepultado no cemitério Pére Lachaise, em Paris, França. Em 1887, os seus restos mortais foram transferidos para a Basílica de Santa Cruz em Florença, onde agora repousam.
Principais obras
Óperas cómicas – A ópera cómica era um campo onde Rossini mais se destacou com o seu talento. A alegre ópera A italiana em Argel (1813) foi eclipsada pelo sucesso enorme de O barbeiro de Sevilha (1816), que é até hoje a ópera mais representada na Itália e muito exibida no estrangeiro: merece isso pela verve da abertura e das árias, e pelo efeito irresistível das cenas cómicas. De Cinderela (1817), que é musicalmente mais séria, só sobrevivem algumas árias, modelos de bel canto, e de A pega ladra (1817) só a abertura.
A música dessas obras é muito divertida, sem seriedade nenhuma, mas excelentemente adaptadas ao texto e, sobretudo, à ação dos cantores no palco. A contribuição principal de Rossini para a música de ópera é a exploração do elemento histriónico.
não tinha o mesmo talento. É digno de nota o fato de que as aberturas de suas óperas sérias poderiam muito bem figurar como introduções a óperas cómicas. Mas na época, Tancredo (1813) foi muito admirada, mais ainda Moisés no Egito (1818), que se afigurava aos contemporâneos espécie de oratório no palco. Mas também não se cansaram de ouvir Otello (1816) e Semiramis (1823), hoje totalmente esquecidos. Só A dona do lago (1824) teve, imerecidamente, menos sucesso.
A grande obra séria de Rossini é a sua última ópera: Guilherme Tell (1829). A abertura é realmente um bom trecho de música. Mas na própria ópera, a "luta pela liberdade" parece-nos hoje travada como por soldados de chumbo. Os italianos, porém, descobriram e descobrem nessa obra os primeiros sinais do Risorgimento.
O estilo de Rossini
É o principal compositor Italiano do inicio do século XIX, do inicio do período Romântico, possuía um dom invulgar para a melodia e muita imaginação para os efeitos cénicos o que levava a um grande sucesso das suas obras.
O estilo de Rossini combina um fluxo melódico inesgotável com a vivacidade dos rítmos, a clareza do fraseado, a estrutura equilibrada e por vezes muito pouco convencional do período musical, uma textura leve, uma orquestração escorrida que respeita a individualidade de cada instrumento e uma estrutura harmónica, que embora não sendo complexa, é muitas vezes original.
A ópera cómica era um campo onde Rossini dominava na sua totalidade, as suas obras são ainda hoje bem consideradas e actuais.
Paula Pereira
22 De Março de 2010
segunda-feira, 15 de março de 2010
segunda-feira, 8 de março de 2010
A Obra
L'OCCASIONE FA IL LADRO
GIOACHINO ROSSINI (1792-1868)
Ópera (Burletta per Musica) em um acto
Libreto de Luigi Prividali baseado na peça Le prétendu par hazard, ou L’occasion fait le larron, de Eugène Scribe.
Estreada no Teatro San Moisè, Veneza, a 24 Novembro de 1812.
Produzida em 1812, no início da carreira de Rossini, L'Occasione Fa il Ladro, Ossia il Cambio della Valigia, é uma farsa em um acto – sub-género cómico em voga nos pequenos teatros de Veneza durante o século XVIII e princípio do século XIX – um meio ideal para as primeiras incursões operáticas dos jovens compositores por ser um modelo menos arriscado do que a exigente ópera séria. A estreia de Rossini no género operático tinha já ocorrido dois anos antes, precisamente com uma farsa, no mesmo teatro que receberia L'Occasione Fa il Ladro, o San Moisè de Veneza. Nestas obras está patente a tradição lírica italiana assim como o núcleo do que viria a ser o estilo rossiniano. O libreto baseia-se numa comédia em vaudeville de 1810, do então jovem dramaturgo Eugène Scribe. A surpreendente contemporaneidade entre o texto e a produção operática demonstra bem a influência dos géneros dramáticos franceses em Itália.
GIOACHINO ROSSINI (1792-1868)
Ópera (Burletta per Musica) em um acto
Libreto de Luigi Prividali baseado na peça Le prétendu par hazard, ou L’occasion fait le larron, de Eugène Scribe.
Estreada no Teatro San Moisè, Veneza, a 24 Novembro de 1812.
Produzida em 1812, no início da carreira de Rossini, L'Occasione Fa il Ladro, Ossia il Cambio della Valigia, é uma farsa em um acto – sub-género cómico em voga nos pequenos teatros de Veneza durante o século XVIII e princípio do século XIX – um meio ideal para as primeiras incursões operáticas dos jovens compositores por ser um modelo menos arriscado do que a exigente ópera séria. A estreia de Rossini no género operático tinha já ocorrido dois anos antes, precisamente com uma farsa, no mesmo teatro que receberia L'Occasione Fa il Ladro, o San Moisè de Veneza. Nestas obras está patente a tradição lírica italiana assim como o núcleo do que viria a ser o estilo rossiniano. O libreto baseia-se numa comédia em vaudeville de 1810, do então jovem dramaturgo Eugène Scribe. A surpreendente contemporaneidade entre o texto e a produção operática demonstra bem a influência dos géneros dramáticos franceses em Itália.
L'OCCASIONE FA IL LADRO
GIOACHINO ROSSINI (1792-1868)
Ópera (Burletta per Musica) em um acto
Libreto de Luigi Prividali baseado na peça Le prétendu par hazard, ou L’occasion fait le larron, de Eugène Scribe.
Estreada no Teatro San Moisè, Veneza, a 24 Novembro de 1812.
Produzida em 1812, no início da carreira de Rossini, L'Occasione Fa il Ladro, Ossia il Cambio della Valigia, é uma farsa em um acto – sub-género cómico em voga nos pequenos teatros de Veneza durante o século XVIII e princípio do século XIX – um meio ideal para as primeiras incursões operáticas dos jovens compositores por ser um modelo menos arriscado do que a exigente ópera séria. A estreia de Rossini no género operático tinha já ocorrido dois anos antes, precisamente com uma farsa, no mesmo teatro que receberia L'Occasione Fa il Ladro, o San Moisè de Veneza. Nestas obras está patente a tradição lírica italiana assim como o núcleo do que viria a ser o estilo rossiniano. O libreto baseia-se numa comédia em vaudeville de 1810, do então jovem dramaturgo Eugène Scribe. A surpreendente contemporaneidade entre o texto e a produção operática demonstra bem a influência dos géneros dramáticos franceses em Itália.
Margarida Gravito
Sara Antunes
GIOACHINO ROSSINI (1792-1868)
Ópera (Burletta per Musica) em um acto
Libreto de Luigi Prividali baseado na peça Le prétendu par hazard, ou L’occasion fait le larron, de Eugène Scribe.
Estreada no Teatro San Moisè, Veneza, a 24 Novembro de 1812.
Produzida em 1812, no início da carreira de Rossini, L'Occasione Fa il Ladro, Ossia il Cambio della Valigia, é uma farsa em um acto – sub-género cómico em voga nos pequenos teatros de Veneza durante o século XVIII e princípio do século XIX – um meio ideal para as primeiras incursões operáticas dos jovens compositores por ser um modelo menos arriscado do que a exigente ópera séria. A estreia de Rossini no género operático tinha já ocorrido dois anos antes, precisamente com uma farsa, no mesmo teatro que receberia L'Occasione Fa il Ladro, o San Moisè de Veneza. Nestas obras está patente a tradição lírica italiana assim como o núcleo do que viria a ser o estilo rossiniano. O libreto baseia-se numa comédia em vaudeville de 1810, do então jovem dramaturgo Eugène Scribe. A surpreendente contemporaneidade entre o texto e a produção operática demonstra bem a influência dos géneros dramáticos franceses em Itália.
Margarida Gravito
Sara Antunes
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